sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Síndrome do Pânico - O Primeiro Diagnóstico




Depois de alguma crises depressivas e de um período de trabalho bastante estressante, um belo dia sinto sensações que me parecem um ataque cardíaco, com taquicardia, falta de ar, sudorese, sensação de desmaio e visão borrada. Isso aconteceu na empresa, e fui prontamente atendida. Depois as mesmas crises começaram a se repetir em ônibus, na rua, em casa...e o que você pensa nessas horas? Vou morrer!!!! Sem contar que comecei a sofrer de anorexia. Não conseguia engolir nada, tentava, colocava a comida na boca, mas não conseguia engolir. Emagreci 14 kg.

Consultei minha médica de confiança que já de cara me disse que eu estava sofrendo de Síndrome do Pânico. Não acreditei. Achei que isso não causasse sintomas físicos, somente psicológicos. Ela então abriu um livro sobre o assunto na parte de "sintomas" e me fez ler. GELEI.

Segue um descritivo de sintomas retirado do site www.minhavida.com.br:

Sintomas de Síndrome do pânico

Ataques de pânico característicos da síndrome geralmente acontecem de repente e sem aviso prévio, em qualquer período do dia e também em qualquer situação, como enquanto a pessoa está dirigindo, fazendo compras no shopping, em meio a uma reunião de trabalho ou até mesmo dormindo.
O pico das crises de pânico geralmente dura cerca de 10 a 20 minutos, mas pode variar dependendo da pessoa e da intensidade do ataque. Além disso, alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. É bom ficar atento, pois muitas vezes um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco.
As crises de pânico geralmente manifestam os seguintes sintomas:
  • Sensação de perigo iminente
  • Medo de perder o controle
  • Medo da morte ou de uma tragédia iminente
  • Sentimentos de indiferença
  • Sensação de estar fora da realidade
  • Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto
  • Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia
  • Sudorese
  • Tremores
  • Dificuldade para respirar, falta de ar e sufocamento
  • Hiperventilação
  • Calafrios
  • Ondas de calor
  • Náusea
  • Dores abdominais
  • Dores no peito e desconforto
  • Dor de cabeça
  • Tontura
  • Desmaio
  • Sensação de estar com a garganta fechando
  • Dificuldade para engolir
Uma complicação frequente é o medo do medo, ou seja, o medo ter outro ataque de pânico. Esse medo pode ser tão grande que a pessoa, muitas vezes, evitará ao máximo situações em que essas crises poderão ocorrer novamente.
Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho. As pessoas portadoras da síndrome muitas vezes se preocupam com os efeitos de seus ataques de pânico e podem, até mesmo, despertar problemas mais graves, como alcoolismo, depressão e abuso de drogas.

Ela me encaminhou a um psiquiatra, que confirmou o diagnóstico que me receitou Escitalopram e Frontal. No início o Escitalopram me tirava o sono, cheguei a passar 4 dias virada sem dormir. O Frontal me causava uma ressaca absurda. Mas como havia sido alertada que os efeitos colaterais eram transitórios, insisti. Até que o medicamento fizesse efeito (cerca de 20 dias), eu sentia pânico durante a noite, o que fazia com que meu marido me colocasse no carro e rodasse a cidade comigo de madrugada. Eu precisava sair de casa, ver gente, movimento. Ele foi muito paciente. 

Depois do período inicial, o Escitalopram começou a fazer efeito e eu já me sentia outra pessoa. Mas as ressacas com o Frontal continuaram, o que fez com que o psiquiatra o substituísse por Rivotril. Fiquei no céu. Tomei essa medicação por quase três anos, período em que fiquei assintomática, então fomos tirando aos poucos. Eu estava bem.

Então veio a primeira recaída, que já é assunto para outro post...

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