segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Dia de Psicoterapia

Logicamente minha história como paciente psiquiátrica começou há muito, muito tempo. Mas Isso vou contando aos poucos. Meu diagnóstico atual é Transtorno Afetivo Bipolar e Transtorno de personalidade limítrofe, ou Borderline. Medicação atual: 225mg de Venlafaxina e até 5 mg de Rivotril, além de um ati-psicótico para conter os impulsos de auto-mutilação.

Hoje a consulta com a psicóloga foi particularmente difícil. Venho de uma semana de muita ansiedade e pensamento recorrente de suicídio. Não que eu já não tivesse isso antes, mas estava um pouco controlada depois da minha "temporada de férias" no Hospital Psiquiátrico. Mantenho uma carta pronta pra o caso de eu levar mesmo a cabo minhas idéias.

Não uso drogas ilícitas, mas o álcool tem sido uma constante pra aguentar a ansiedade. E logicamente um maço de cigarros por dia.

Mesmo estando nesse estado, passei por uma fase beeeem negra antes de mudar minha medicação. Estava com Topiramato e Bupropiona junto com a venlafaxina. Deprimi horrores, não saída da cama. Hoje o vilão maior é essa ansiedade louca que não me permite sentar a bunda numa poltrona e ler um bom livro ou assistir a um filme bacana. Minha capacidade de concentração ficam muito prejudicadas e não consigo começar nem terminar nada. Amo ler, mas isso tem se mostrado impossível. Sem falar da paranóia que acompanha dia e noite. Ninguém pode falar nada num tom mais sério que ja me sinto rejeitada, insultada.

Pra falar bem a verdade sinto falta dos tempos só de bipolar, nas fases hipomaníacas. Vivia feliz, animada. Nunca tive problemas com a hipomania. Queria ela comigo o resto da vida.

Há dias atrás andei me cortando de novo. Gilete. Tenho tantas cicatrizes que nem da pra contar. Uma frustraçãozinha ou stress e lá corro eu me retalhar novamente.

Hoje o dia está mais ou menos. Ansiedade, claro, mas ainda não to subindo pelas paredes. Só meio que uma sensação de vazio, sei lá.


É assim que fico depois das crises. Fora os braços, que também não escapam. Em outro momento posto as minhas fotos. Sei que é de assustar mas quem passa por isso sabe como a gente se sente. A dor interna é tão grande que você que causar outra maior pra esquecer. e depois se frustra porque não teve auto-controle. Mas sobre auto-controle, achei uma imagem que define muito bem:





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