quinta-feira, 9 de março de 2017

Apatia - Morte em vida

Apatia: estado de alma não suscetível de comoção ou interesse; insensibilidade, indiferença.





Borders estão acostumados à oscilações frequentes de humor. Rompantes de fúria, euforia, depressão e, como estou me sentindo hoje: um poço de apatia.
Impossível se concentrar no quer que seja. Impossível formar pensamentos coerentes. Você não quer ouvir, não quer falar, não quer fazer nada... Absolutamente nada importa. 

Diferente do famoso SENTIMENTO CRÔNICO DE VAZIO que tanto acomete portadores do TPB e que causa tanto sofrimento, a apatia vem com apenas uma vontade: dormir ou não fazer nada. Ficar (como diria o Pastor Claudio Duarte) na caixa do nada. 

Hoje eu só queria ficar em meio ao silêncio sem falar, ouvir ou ver. Uma boa forma de testar a apatia é se imaginar como único ganhador da Mega Sena. Ainda assim, você não sentiria absolutamente nada.
Ontem estava triste, deprê mesmo, sentindo o excesso de rotina me corroer... Hoje tanto faz. A sensação que tenho é de estar em uma dimensão paralela, onde tudo está congelado. Nada se vê, ouve ou sente. Seria um bom dia pra um Rivotril e um longo sono, já que é a forma mais rápida e fácil pra se desligar de verdade.
Não tenho vontade de comer, beber, fumar ou fazer minhas atividades habituais, quero me fechar dentro de mim e jogar a chave fora. 

In My field of paper flowers
And candy clouds of lullaby
I lie inside miself for hours
And watch my purple sky fly over me
(Imaginary - Evanescence)


sexta-feira, 3 de março de 2017

Monique Evans Fala Sobre o Transtorno Borderline


Vídeo Sobre Borderline

Borderliners, filhos, rotina...

É, faz um tempo. Mudei pra uma chácara onde a internet é praticamente inexistente, fica difícil postar. O lugar me faz bem, mas não posso negar que tenho oscilado demais, sentido demais, dormido de menos... Agora me aparece uma enxaqueca que persiste as 24h do dia todos os dias da semana. Não está fácil.
Com 3 filhos - como já devo ter dito aqui, com 11, 9 e 5 anos - a sanidade fica cada vez mais longe.
Tive muitas recaídas, me cortei muito, chorei muito... Estou em uma fase onde não sei exatamente o que faço da vida, se é que faço algo. A boa notícia é que resolvi fazer outra faculdade, e apesar do fato de que só eu estou empolgada, fico satisfeita com o novo desafio.
Medicação passou por fluoxetina e agora voltou pra Bupropiona e Topiramato. Consegui reduzir  o Rivotril pra somente 2 mg ao dia. 
Meu marido está em um trabalho onde só vem pra casa 1 ou duas vezes por semana, além dos fds, o que aumentou em muito minha responsabilidade de stress com casa e filhos.
Então vou levando, um dia de cada vez.  Tentando lidar com situações que me tiram ainda mais o chão, como a ação que movo na Justiça Federal para receber o benefício a que tenho direito.

A boa notícia é que está se falando cada vez mais sobre esse transtorno. Tenho amado o grupo no face: Jeito Borderline de Ser - O Grupo. Ótimo para a troca de experiências.