Não são só os Bipolares e Borderliners. Muitas pessoas que sofrem de transtornos mentais abandonam o tratamento ao ficarem assintomáticos. Gente, a remissão dos sintomas se dá justamente por causa do tratamento. Deixar as terapia e medicação de lado normalmente trazem recaídas (falo por experiência própria) que podem trazer uma fase muito pior do que a anterior.
Completei essa semana um ano desde a minha internação. Um ano afastada do trabalho, e um ano de muita terapia e medicação. Ainda não estou assintomática, embora esteja passando por um período um pouco mais estável. Mesmo com tudo isso, ontem tive uma crise nervosa daquelas. Ansiedade, agressividade, depressão. Não sabia se queria me matar ou matar alguém. E antes que eu me cortasse de novo, tomei um Rivotril e fui dormir às 7 da noite.
Como já mencionei anteriormente, minha concentração continua inexistente. Nesse um ano tive crises onde só não fui internada novamente porque a psiquiatra do CAPS não é muito a favor de internação, a não ser em casos extremos.
Como eu disse, minha história com a psiquiatria é longa, e já contei aqui como foi minha primeira crise de pânico. Quando fiquei assintomática - depois de uns dois anos de tratamento - deixei a medicação. Passei um período bem, até que veio um gatilho que me derrubou de forma inacreditável. A morte de uma pessoa próxima de forma violenta (assassinato). Cheguei ao local logo após o ocorrido, conversei com a polícia, fui fazer BO, liberação do corpo, ou seja, passei a noite tomando as providências para o sepultamento, já que os pais estavam abalados demais pra isso. 3 ou 4 dias depois veio a conta. Uma fase de pânico onde eu não conseguia comer (anorexia), achava que todos que eu gostava iriam morrer. Tinha medo de atender ao telefone, pavor de ficar dentro de casa. Quase não dormia. Emagreci a níveis pavorosos. Meu marido, como sempre, aguentando o tranco legal. Tentava me fazer comer, saía comigo durante a madrugada pra eu poder respirar, foi se informar sobre Síndrome do Pânico. Ainda não tínhamos filhos nessa época. Foi um período negro que durou meses. Voltei ao psiquiatra, iniciei nova medicação. Mas o efeito foi lento, e eu sofri horrores.
Quando estava em casa ficava na janela, tentando me convencer que o mundo era bem mais do que eu sentia. Morava em um apartamento, e a sensação de claustrofobia era imensa.
Depois veio o pior, que era justamente o medo de sofrer uma crise. Me isolei. O medo das crises são piores do que elas próprias.
Quando finalmente o psiquiatra acertou no ajuste da medicação (psiquiatria não é uma ciência exata) comecei a melhorar. Fui voltando a comer aos poucos, a sair para a casa de familiares. Mas foi um processo lento. Até que aconteceu algo que mudou minha vida... E que farei o relato em outro post...
quarta-feira, 30 de março de 2016
terça-feira, 29 de março de 2016
Se Gostando!
Uma coisa que costumamos deixar de lado nos momentos mais depressivos é a vaidade. Que, convenhamos, pra nós mulheres é essencial.
Essa semana tomei coragem e fiz o cabelo, que amei. A cor estava muito desigual, fui a um salão de um colorimetrista MARAVILHOSO (Evandro Bueno) que conseguiu deixar meu cabelo amarelo-gema-de-ovo lindamente platinado. E sem danificar.
Quando tomamos medicação controlada o cabelo frequentemente começa a cair, ficar mais seco e fino, e é justamente em um período em que a ultima coisa na qual vamos pensar é nos cuidados com as madeixas. De uns tempos pra cá comecei a tomar o IMECAP HAIR, que acabou de verdade com a queda. Voltei aos cuidados com a pele também, usando ácido Retinóico, o que já melhorou muito a aparência. Agora comecei a tomar o queridinho Nutricolin, que serve para unhas, pele e cabelo. Além é lógico do gelzinho pro rosto à base de Acido Reinóico e mais 2 componentes potencializadores e clareadores e ainda um filtro solar maravilhoso para pele oleosa que não deixa tudo gordurento. Tudo manipulado pela maravilhosa Pharma D'Oro, em Cândido Mota (moro em Curitiba). O mais legal é que o creme à base de ácido retinóico também é um milagre para estrias.
Uns cuidadinhos tópicos com os cabelos também ajudam. To usando shampoo bomba ( com monovin e bepantol) e Kerastáse para hidratação.
Tudo bem que se o humor não ajuda é difícil, mas uma repaginada no visual ajuda bastante.
Essa semana tomei coragem e fiz o cabelo, que amei. A cor estava muito desigual, fui a um salão de um colorimetrista MARAVILHOSO (Evandro Bueno) que conseguiu deixar meu cabelo amarelo-gema-de-ovo lindamente platinado. E sem danificar.
Quando tomamos medicação controlada o cabelo frequentemente começa a cair, ficar mais seco e fino, e é justamente em um período em que a ultima coisa na qual vamos pensar é nos cuidados com as madeixas. De uns tempos pra cá comecei a tomar o IMECAP HAIR, que acabou de verdade com a queda. Voltei aos cuidados com a pele também, usando ácido Retinóico, o que já melhorou muito a aparência. Agora comecei a tomar o queridinho Nutricolin, que serve para unhas, pele e cabelo. Além é lógico do gelzinho pro rosto à base de Acido Reinóico e mais 2 componentes potencializadores e clareadores e ainda um filtro solar maravilhoso para pele oleosa que não deixa tudo gordurento. Tudo manipulado pela maravilhosa Pharma D'Oro, em Cândido Mota (moro em Curitiba). O mais legal é que o creme à base de ácido retinóico também é um milagre para estrias.
Uns cuidadinhos tópicos com os cabelos também ajudam. To usando shampoo bomba ( com monovin e bepantol) e Kerastáse para hidratação.
Tudo bem que se o humor não ajuda é difícil, mas uma repaginada no visual ajuda bastante.
quarta-feira, 23 de março de 2016
De Volta...
De volta depois de vários dias sem internet.
Depressão controlada nos últimos dias, mas ansiedade na montanha russa. Horas mais ansiosa, horas menos.
Medicação ainda a mesma, Venlafaxina e Rivotril quando e quanto necessário, porém, muito menos nos últimos dias.
Consegui fazer minha perícia, e tive e prorrogação do afastamento deferida, o que me deixou menos depressiva.
Mas a grande novidade é que devido há algumas circunstancias e possibilidades, vou mudar de casa. Estamos indo para uma chácara na região metropolitana, lugar lindo, tranquilo e cheio de novas possibilidades. Minha psicóloga e assistente social do CAPS estão apoiando bastante, o que é ótimo. acredito de coração que nesse momento é a melhor opção para meu tratamento. Em 3 meses quero estar na casa nova.
Meus filhos estão animados, o que tb é ótimo. Mais espaço, casa maior, jardim, lugar pra brincar e respirar. Estou feliz com a mudança.
Meu sono ainda é uma questão a se tratar. Tenho dormido mal e pouco, mesmo com o benzodiazepínico. O álcool ainda é um assunto a se tratar.
Me animei pra fazer o cabelo amanhã (o que não faço há mais de um ano), e no sábado receberei a visita de uma amiga muito querida.
Tenho tido pesadelos constantes e cada vez mais loucos. Claro que nem tudo são flores, há algumas situações que me causam muita, MUITA ansiedade. Ainda aquela questão de controle... mas tenho trabalhado isso.
No CAPS vou sair do grupo de psicologia para um grupo de escuta, o que acredito ser bastante produtivo. Continuo com psicoterapia individual e terapia ocupacional.
Minha concentração continua a zero, o que é terrível. Até pra escrever está complicado.
Sugeri em assembléia no CAPS que se crie um grupo específico para transtornos de personalidade. Isso faz falta, já que a maioria dos diagnósticos é de esquizofrenia, depressão e transtornos afetivos somente.
Depressão controlada nos últimos dias, mas ansiedade na montanha russa. Horas mais ansiosa, horas menos.
Medicação ainda a mesma, Venlafaxina e Rivotril quando e quanto necessário, porém, muito menos nos últimos dias.
Consegui fazer minha perícia, e tive e prorrogação do afastamento deferida, o que me deixou menos depressiva.
Mas a grande novidade é que devido há algumas circunstancias e possibilidades, vou mudar de casa. Estamos indo para uma chácara na região metropolitana, lugar lindo, tranquilo e cheio de novas possibilidades. Minha psicóloga e assistente social do CAPS estão apoiando bastante, o que é ótimo. acredito de coração que nesse momento é a melhor opção para meu tratamento. Em 3 meses quero estar na casa nova.
Meus filhos estão animados, o que tb é ótimo. Mais espaço, casa maior, jardim, lugar pra brincar e respirar. Estou feliz com a mudança.
Meu sono ainda é uma questão a se tratar. Tenho dormido mal e pouco, mesmo com o benzodiazepínico. O álcool ainda é um assunto a se tratar.
Me animei pra fazer o cabelo amanhã (o que não faço há mais de um ano), e no sábado receberei a visita de uma amiga muito querida.
Tenho tido pesadelos constantes e cada vez mais loucos. Claro que nem tudo são flores, há algumas situações que me causam muita, MUITA ansiedade. Ainda aquela questão de controle... mas tenho trabalhado isso.
No CAPS vou sair do grupo de psicologia para um grupo de escuta, o que acredito ser bastante produtivo. Continuo com psicoterapia individual e terapia ocupacional.
Minha concentração continua a zero, o que é terrível. Até pra escrever está complicado.
Sugeri em assembléia no CAPS que se crie um grupo específico para transtornos de personalidade. Isso faz falta, já que a maioria dos diagnósticos é de esquizofrenia, depressão e transtornos afetivos somente.
Assinar:
Postagens (Atom)